domingo, 15 de novembro de 2009

Interesse

Uma moeda de dez centavos perdida. Que destino cruel tem as moedas. Passam de mão em mão, estas por muitas vezes suadas ou secas, sujas ou limpas, duras como pedra ou suaves como uma flor. As vezes são abandonadas nos canteiros da casa, na gaveta do trabalho, no estojo ou até na própria roupa, e você só descobre que a moeda estava lá depois da lavagem, e ainda fica super feliz por tê-la encontrado, nem que seja só para guardá-la outra vez. Mas voltemos para a moeda de dez centavos perdida no começo do texto. Será que quem a perdeu estava precisando dela? Ou será que nem se dará conta pela falta? Na verdade, este é um mistério que tão cedo não será desvendado, pois o único ser que poderia nos revelar a resposta é inanimado, ou seja, a própria moeda. E como nunca nos preocupamos com problemas que para nós, parecem ser pequenos ou menos valorizados, assim como esta moeda, não nos importamos com o destino que ela terá ou com o passado que ela teve. Mas aposto que se o caso se tratasse de valores, como por exemplo, acima de dez reais, a nossa reação seria bem diferente. E é assim que nós nos comportamos diante dos problemas que temos que enfrentar no dia-a-dia. Quanto menor forem, menor ou até inexistente é a nossa preocupação. No entanto, se forem tão maiores a ponto de ferir o nosso sagrado ego, aí companheiro, o bicho pega.

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